quinta-feira, 8 de agosto de 2013

LATINO

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A
T rívioletra lá_tino // bárbaro // coração de melão  (1)
I
N
O

Marco Bastos 1

http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=6606549109532034854#audiencestats

Semana, Mês, Tudo

L á tem trivium // que late, late, late // morde e se sacode!(2)
A nglo-saxão // it's a shame // don't you think the same? (3)
T rívioletra lá_tino // bárbaro // coração de melão (1)
I ndômito, apenas // ou  charme, charme  // quem sabe? - O Vento! (4)
N o vento amor voa // dente leão // corazón selvaje! (5)
O ntem tino e trino // salsa caribeña, // brilhantina da ilusão (6)

Marco Bastos 1, 3, 6 

Vania de Castro 2, 4
Maria José Dias (Chantal) 5

3 comentários:

  1. Eu ainda não compreendi bem como se faz este poema, Marco.
    Mas que é interessante, é!
    Abraço.
    Jorge

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    Respostas
    1. Olá, Prezado Jorge. Escrever os trívioletras não é complicado. É apenas um pouco desafiador e não usual. Pretende-se quebrar a linearidade da linguagem - como também faz a boa poesia. Na prosa elaboramos conceitos e inter relacionamos idéias e percepções. O discurso é bem estruturado com antecedentes e consequentes interligados logicamente. Na poesia o discurso pretende ligar percepções sensoriais e sinestésicas e induzir outras percepções. A palavra não "carrega" somente seu conteúdo semântico (raízes, desinências, derivações e acepções, radicais e complementos) passíveis de tradução. Sonoridade e ritmo fazem parte da mensagem. Intuímos que se possa construir mensagens através do significado semântico da palavra, mas num contexto de idéias onde o conjunto apresenta polissemia (significados alternativos), metáforas (inter-relação entre significantes por associação), metonímias (inter-relação por substituição e densificação de significantes - a parte pelo todo, o todo pela parte etc.). Essa semana me deparei com a segunda interpretação (disseram que é a interpretação lógica dos Argonautas, para esse verso bastante conhecido (divulgação de uma frase romana por Fernando Pessoa): "Navegar é preciso, viver não é preciso." Precisar entendido como necessidade e utilidade. É necessário navegar, e "viver" numa visão ascética e estoica não é preciso - visão esperada que os marinheiros a tenham. Há uma contradição profunda: se viver não é preciso, navegar (para garantir a sobrevivência)também não é preciso. Na interpretação lógica, que não era a minha, a mesma palavra "precisar" gerando "precisão" que se associa a previsibilidade, acuidade, eliminação de riscos e ameaças, dá ao verso um entendimento lógico sem qualquer contradição: "navegar é preciso: rotas conhecidas, instrumentos de navegação, conhecimento dos mares e dos ventos, dos barcos etc. fazem do navegar uma técnica precisa. Somente que navegamos na vida e a vida é probabilidade e contingência, é complexa e não é precisa. Múltiplas interpretações para um mesmo discurso, o que às vezes surpreende.

      Não sei onde chegaremos com os Trívioletras (é linguagem experimental) sujeitos a chuvas e trovoadas, adesões e desistências como é normal que aconteça. Ainda está cheio de barras, números e com a métrica explicitada porque estamos na fase de "construir" e disciplinar a forma. Depois deverá ser "clean" mais compatível com o minimalismo a que se propõe. Com os mesmos objetivos escrevemos o "Manifesto Trívioletra" que criou a modalidade. Escrevê-los, brincar com as palavras, é muito gostoso, e é isso que nos move. rs.
      Obrigado pelo comentário, e desculpe os meus excessos. abraços.
      Marco.


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  2. Agradeço muito a resposta, caro amigo.
    Esclareceu bem, especialmente usando a frase "Navegar..."
    Abraço.
    Jorge

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